Síndrome da mancha branca em camarões

Doença é causada por um vírus e pode matar grande quantidade de camarões em pouco tempo

Camarão

A criação de camarões é um ramo da aquicultura promissor em nosso país. Marinhos ou de água doce, o mercado está aquecido e a criação desses organismos aquáticos não é tão complicada, mas exige atenção do criador e cuidados para evitar que sua produção seja contaminada e isso provoque prejuízos financeiros.

Wagner Cotroni, professor do Curso CPT Cultivo de Camarões de Água Doce, destaca que há várias doenças que podem prejudicar severamente a produção de camarões, dentre elas a síndrome da mancha branca.

Essa doença é tão séria que, de acordo com a Organização Mundial para Saúde Animal, ela é de notificação obrigatória, junto a outras, como:

- Necronse Hepatopancreática;
- Doença da cabeça amarela;
- Necrose infecciosa hipodermal e hematopoiética;
- Mionecrose infecciosa;

A doença

De acordo com o nome, a síndrome da mancha branca provoca o surgimento de várias manchas brancas no exoesqueleto do camarão, resultado da infecção por um vírus, conhecido como o Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV).

O principal sintoma são as manchas no exoesqueleto e na epiderme dos camarões. Esse vírus pode atacar, ainda, vários tecidos, provocando mortalidade de uma grande quantidade de camarões em pouco tempo, o que requer agilidade na sua identificação e tratamento.

Além desse principal sintoma, há outros:

- Redução na atividade;
- Redução no consumo de alimentos;
- Presença de coloração café-avermelhada, similar à cor do camarão quando enfrenta uma bacteriemia causada por vibrioses;
- Presença de calcificação brancas, arredondadas e de aproximadamente 2mm na parte interna do exoesqueleto;
- Atividade do camarão na periferia do vieiro;
- Hemolinfa turva;

Medidas que ajudam a evitar a contaminação

- Realizar práticas e procedimentos de preparação de viveiros, como a secagem prolongada e o uso de cal virgem e iodo;
- Reduzir as densidades de povoamento dos viveiros;
- Alimentar os camarões apenas com ração ou outros alimentos de qualidade, além de utilizar imunoestimulantes e agregados nutricionais com qualidade reconhecida;
- Recircular a água, se possível;
- Não descarregar água de viveiros infectados e descartar apropriadamente os animais infectados;
- Revisar frequentemente o estado de saúde da população;
- Lavar as tarrafas com água clorada antes de passa-las em outros viveiros durante a coleta de amostras de camarão para qualquer finalidade.

 


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Fonte: Panorama da Aquicultura – panoramadaaquicultura.com.br
GIA – gia.org.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 30-01-2020

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