História e evolução da ranicultura no Brasil

Nosso país é o segundo maior criador de rãs do mundo

Criação de rãs

Samuel Lopes, professor do Curso CPT Criação de Rãs – Novas Tecnologias, explica que nos últimos anos, foram desenvolvidas novas tecnologias para a criação de rãs, surgindo um novo momento positivo para a ranicultura, inclusive com o aparecimento de novos criadores e reaquecimento do mercado.

Porém, a ranicultura no Brasil possui uma história que se aproxima de completar 100 anos. Depois de 1940, a Divisão de Caça e Pesca do antigo Departamento da Produção Animal, começou a estimular o crescimento da atividade no país, distribuindo gratuitamente girinos a criadores interessados nela.

Após o crescimento da atividade, esses criadores solicitaram que as rãs não fossem mais distribuídas, pois o comércio já havia se consolidado. Desde então, esse comércio se manteve e conseguiu chegar aos dias atuais bem estruturado.

Brasil é o segundo maior criador

De acordo com pesquisas, nosso país é o segundo maior criador de rãs, perdendo apenas para o Taiwan. Porém, mesmo ocupando o segundo posto, o Brasil ainda possui uma produção pequena, estimando-se que esteja próxima a 160 toneladas por ano.

Nosso país possui condições favoráveis à produção de pescado, o que facilita também a produção de rãs. Também possui demanda por produtos com qualidade nutricional e que a produção seja baseada nos princípios da viabilidade técnico-econômica e socioambiental, podendo a ranicultura atendê-las perfeitamente.

Algumas características da produção de rãs

- A criação da rã-touro é mais bem-sucedida aqui no Brasil do que nos EUA, país de origem da espécie. Isso porque, dadas as nossas condições, a rã-touro não demora mais do que 4 meses para superar a fase de girino e de engorda.

- Desde que foi trazida para o Brasil, a espécie demonstrou possuir facilidade de adaptação às diferentes condições climáticas existentes aqui. Ainda, consegue se adaptar também aos diferentes manejos físicos e alimentares de cada região, fato que torna seu cultivo possível em todo o país.

- É um animal muito rústico e resistente a doenças. Raramente verificou-se morte de rãs em caráter epidêmico.

- Para consumo, suas características também são boas: possui pouquíssima gordura intracelular, evitando que quem consuma sofra com doenças decorrentes do acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos.

- Médicos têm recomendado o consumo de sua carne em dietas de crianças com problemas alérgicos gastrointestinais, pois, de acordo com dados, a carne corrige essa sensibilidade.

- Fora do nosso país, a carne de rã é comercializada a partir da caça predatória. O Brasil é pioneiro no cultivo intensivo desses animais, garantindo uma consciência ecológica.

- O abate de rãs é feito ao final da criação, para que possam ser comercializadas para consumo de sua carne. O processo do abate é feito em etapas, que seguem determinações do Ministério da Agricultura.

 


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Fontes: Ranicultura – aquicultura.br
Aquaculture Brasil – aquaculturebrasil.com
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 30-01-2020

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