O que preciso saber para otimizar a alimentação da minha criação de peixes?

Um correto manejo alimentar garante mais saúde e produtividade aos peixes e mais lucros aos piscicultores

Alimentação de peixes - imagem ilustrativa

Giovanni Resende de Oliveira, professor do Curso CPT Nutrição e Alimentação de Peixes, destaca que a alimentação é o principal fator de custo na produção de pescado de água doce. Por isso, conhecer e entender muito bem como nutrir corretamente seus peixes pode lhe proporcionar uma redução nos custos e melhores lucros.

Todos os piscicultores sabem que o manejo alimentar tem interferência direta em todo o ciclo de produção, desde a escolha do tipo de ração até o aproveitamento de cada nutriente pelas diferentes espécies. Logo, em se tratando de alimentação, nenhuma informação deve ser considerada detalhe.

A seguir, apresentamos algumas informações que devem ser entendidas para a correta alimentação de criações de peixes:

Formulação da dieta

Diversos fatores devem ser levados em conta na hora da formulação da melhor dieta para os peixes criados, como:

- Sistema de produção

Há alguns tipos de cultivo que se diferem justamente pelo manejo realizado neles. O cultivo extensivo, o semi-intensivo, o intensivo e o superintensivo, por exemplo, requerem atenção diferente com o fornecimento e o controle dos alimentos consumidos pelos peixes. Por exemplo, a alimentação pode ser feita a partir apenas do que já existe no reservatório ou totalmente controlada, por meio de rações;

- Fase da produção

A fase de vida em que o peixe se encontra também provocará mudanças na forma como ele deve ser alimentado. Além do tipo de alimento, a quantidade também varia, o que deixará o peixe mais ou menos nutrido.

- Espécie

De acordo com a espécie, o hábito alimentar pode variar, bem como a quantidade e o tipo de alimento consumido. Caso o criador opte por criar várias espécies juntas, a alimentação também deve sofrer ajustes.

Técnicas

A utilização de algumas técnicas também ajuda a otimizar o manejo alimentar e os custos que ele gera. Uma delas consiste na observação da quantidade ideal de ração, evitando desperdícios: ofereça certa quantidade de ração e espere que os peixes comam tudo; logo depois, ofereça mais uma quantidade, até que você perceba que a ração sobrou ou que estão todos saciados; anote tudo até que você chegue à quantidade ideal.

A ração

Com o objetivo principal de manter todos os peixes bem nutridos, deve-se fornecer nutrientes variados – não só proteína, por exemplo. Contudo, cada ração possui uma composição diferente e essa oferta deve variar para que recebam carboidratos, lipídios, minerais, proteínas e vitaminas nas quantidades adequadas.

Observação

A observação da anatomia dos peixes ajuda a identificar problemas com a alimentação, haja vista que algumas deformidades indicam manejo alimentar incorreto. Por exemplo, peixes que apresentem deformidade na coluna vertebral possuem deficiência de aminoácidos essenciais; peixes com escoliose e lordose apontam falta de vitamina C; e distrofia muscular pode ocorrer tanto por falta de selênio quanto por falta de vitamina E.

 


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Fonte: Blog Sansuy – blog.sansuy.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 05-01-2021

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