Etapas do processamento de rãs

O processamento de rãs para comercialização exige atenção em cada uma de suas etapas

Criação de rãs

A criação de rãs, também conhecida como ranicultura, ganhou destaque nos últimos anos e figura como uma atividade promissora no ramo da aquicultura. Nosso país é um dos principais países produtores de rã, acompanhado do Taiwan e da República da Indonésia. Por conta disso, a criação com fins comerciais tem apresentado bons resultados.

Samuel Lopes, professor do Curso a Distância CPT Criação de Rãs – Novas Tecnologias, explica que nos últimos anos, foram desenvolvidas novas tecnologias para a ranicultura, surgindo um novo momento positivo para a atividade, inclusive com o aparecimento de novos criadores e reaquecimento do mercado. Isso fez com que aumentasse a demanda por informações tecnológicas a respeito da criação de rãs.

O abate de rãs é feito ao final da criação, para que possam ser comercializadas para consumo de sua carne. O processo do abate é feito em etapas, que seguem determinações do Ministério da Agricultura.

De criatório para criatório, o processamento de rãs pode variar, inclusive devido à inspeção que pode ser da esfera municipal, estadual ou federal. Porém, seja qual for a forma de processamento, no geral, apresentam procedimentos padrão. Conheça alguns deles:

Seleção e jejum dos animais

Após a seleção, é preciso deixar os animais em jejum de 24H antes do abate. Isso deve ser feito com o intuito de reduzir a chance de o produto ser contaminado, dado que há redução no conteúdo gastrointestinal das rãs. Para realizar a seleção, é preciso levar em conta vários aspectos com a finalidade de padronizar os produtos: tamanho, peso e ausência de feridas, traumas, deformações e malformações.

Transporte

O transporte deve ser feito preferencialmente nas horas mais quentes do dia e em veículos fechados, mas que tenham ventilação. Também preferencialmente, deve-se levá-las aos entrepostos mais próximos do ranário, para evitar perdas no caminho. Também é preciso levar em conta as condições do local onde ficarão: deve-se colocá-las em recipientes fechados para que se movimentem pouco, mas sem que fiquem aglomeradas para não morrerem por asfixia.

Recepção e pesagem

Nos entrepostos, ao serem recebidas, as rãs deverão ser pesadas e examinadas por agentes de inspeção para, em seguida, serem armazenadas em locais adequados, com sombra e água, livre de ruídos altos e de movimentação de pessoas e animais.

Insensibilização

De acordo com algumas diretrizes legais, deve-se garantir que os animais sejam abatidos sem que haja dor ou sofrimento. Então, deve-se insensibilizá-los para que seu abate seja legalizado. Dentre várias formas de insensibilização, a termonarcose é a mais viável economicamente e consiste no emprego de gelo em contato direto com os animais.

Pendura e corte do colarinho

Após a insensibilização, os animais devem ser pendurados de cabeça para baixo para que seja feito o corte do “colarinho”, pele que fica logo abaixo da cabeça. A etapa seguinte consiste na sangria, quando se realiza outro corte, na região gular das rãs, para que possam expulsar grande parte de seu sangue. Após a sangria, é possível seguir com as próximas etapas, pois esse é esse procedimento que determina a morte do animal.



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Fonte: CRIBB, André Yves. Manual técnico de ranicultura / André Yves Cribb, Andre Muniz Afonso, Cláudia Maris Ferreira Mostério. – Brasília, DF: Embrapa, 2013. 73 p.
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 14-08-2019

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