Principais espécies nativas de peixes

Nossas espécies nativas já foram renegadas pelos piscicultores, mas hoje são criadas amplamente por todo o Brasil

Imagem meramente ilustrativa

As espécies de peixes nativos foram, por muito tempo, preteridas pelos piscicultores, seja pelo desconhecimento dos aspectos de suas criações, seja pela falta de prestígio no mercado nacional. Hoje, porém, graças aos avanços tecnológicos, está mais fácil criá-las e o mercado já é mais receptivo.

Manuel Vazquez Júnior, professor do Curso CPT Criação de Pacu e Tambaqui, destaca que a criação de peixes nativos vem crescendo no país e muitas espécies são muito apreciadas por sua carne firme, de excelente sabor, além de apresentar grande habilidade de ganho de peso, rusticidade e adaptabilidade a viveiros.

As técnicas de criação ainda precisam avançar muito, principalmente em relação à nutrição dos peixes, mas é intuitivo notar que, se as espécies são nativas, as condições de que dispomos tendem a favorecer mais a sua criação do que a criação de peixes exóticos ou oriundos de outros países.

Conheça as principais espécies nativas:

Jundiá

É um peixe de água doce, muito encontrado na região Sul do Brasil. Sua alimentação é onívora, apresentando tendências piscívoras e bentônicas. Para reproduzir-se, prefere locais com água limpa, calma e de fundo pedregoso. Sua coloração é acinzentada-escura e seu ventre é branco. Apresenta crescimento rápido e é rústico, suportando tranquilamente a criação intensiva. É apreciado por possuir carne saborosa, baixo teor de gordura e poucas espinhas.

Pacu

Apresenta semelhanças em relação ao hábito alimentar e localização do Jundiá, além de ser, também, um peixe de água doce. Realiza a desova total e faz longas migrações rio acima para reproduzir-se – piracema. Apresenta escamas pequenas e numerosas, com coloração cinza-escura, dorso amarelo-dourado e ventre variando de acordo com o ambiente. É amplamente criado na piscicultura em nosso país e pode atingir 70cm de comprimento e 20kg.

Pintado

Também conhecido como surubim-caparari, habita águas doces e é encontrado em vários estados do Nordeste, Sudeste e até do Sul. Sua alimentação é carnívora, à base de tuvira, minhocuçu e de pequenos peixes. Apesar de realizar migrações para a desova, pode também ser reproduzido em laboratório. Seu nome dita a característica mais marcante de sua aparência: com coloração acinzentada, apresenta diversas pintas pretas cilíndricas em todo o seu corpo, que é alongado e roliço.

Tambaqui

Pode receber, também, o nome de Pacu Vermelho popularmente. Concentra-se na região Norte, mas também pode ser encontrado na região Nordeste, Centro-oeste e Sul. Se alimenta tanto de espécies vegetais como animais, sendo classificado como onívoro. Apresenta escamas em seu corpo, que é romboidal, alto, achatado e serrilhado no peito. Ainda, possui dentes poderosos, que auxiliam em sua alimentação e podem atingir até 90cm de comprimento e 30kg.

Dourado

Piraju e Pirajuba são denominações populares do Dourado, que pode ser encontrado por quase todas as regiões do Brasil. Carnívoro, pode se alimentar também de pequenas aves. Necessita da correnteza dos rios para se reproduzir durante a piracema e é conhecido com o Rei do Rio por conta do seu sabor. Sua coloração, como é fácil depreender, é dourada e possui reflexos avermelhados. Sua cabeça é grande e sua boca está cheia de caninos.

 


Conheça os Cursos CPT da Área Criação de Peixes:

Criação de Pacu e Tambaqui
Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura
Produção de Alevinos

Fonte: InfoEscola – infoescola.com
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 10-10-2019

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