Posso investir na larvicultura de camarões marinhos? Sim!

Conheça mais sobre a produção de pós-larvas de camarões marinhos, opção para expandir ainda mais a atividade

Camarão marinho - imagem ilustrativa

Os professores do Curso CPT Cultivo de Camarões Marinhos, Antonio Ostrensky e Carlos Barbieri Júnior, destacam que a produção de camarões marinhos em ambiente de cultivo vem crescendo muito nos últimos anos. Isto ocorre, visando atender à crescente demanda de mercado mundial, por este produto.

Nosso país possui condições favoráveis ao cultivo de camarões marinhos, o que tem garantido renda aos carcinicultores nacionais. Então, entra em cena a produção de pós-larvas de qualidade para que seja possível expandir ainda mais esse cultivo, produzindo-se quantidades capazes de suprir a demanda.

A seguir, apresentaremos algumas informações necessárias para quem deseja investir na larvicultura do camarão marinho:

Definição da espécie

Em primeiro lugar, é importante definir qual espécie será cultivada. Em nosso país, o camarão branco do pacífico, também conhecido como “camarão cinza” é o mais comum, graças à sua rusticidade, ao seu bom desempenho zootécnico e ao seu manejo simplificado quando comparado com outras.

São duas as fases da criação de camarões marinhos:

- A produção de pós larvas, que engloba a maturação e a larvicultura;
- A engorda, até que o camarão atinja o tamanho comercial.

Pré-requisitos para a produção de pós-larvas

Há uma série de exigências para que seja possível produzir as pós-larvas do camarão marinho, a exemplo da qualidade da água, que deve ser limpa, livre de poluição e com pouca carga de sedimentos. Ainda, a localização e a acessibilidade do local de produção também interferem diretamente nos resultados.

- Estrutura

Para que a atividade seja, de fato, rentável, o ideal é que a unidade de larvicultura seja simples, econômica, compacta, de fácil limpeza e eficiente. Há a necessidade de construir tanques para essa etapa, que precisam estar dispostos de forma a otimizar o tempo e o trabalho durante o manejo.

Antes de iniciar a larvicultura

Alguns procedimentos são imprescindíveis para o sucesso da larvicultura. Inicialmente, deve-se verificar a qualidade dos camarões reprodutores, adquirindo náuplios apenas de fornecedores confiáveis. Quando são introduzidos animais doentes, toda a produção é colocada em risco.

Cheque também a qualidade dos náuplios, as microalgas que servirão de alimento para os camarões marinhos, a disponibilidade de alimento para todo o ciclo e o funcionamento dos equipamentos e os materiais necessários.

Procedimentos operacionais da larvicultura

Ainda falando sobre os náuplios, faça um teste de qualidade para verificar a atividade delas e para estimar o percentual de deformidades. A avaliação da qualidade é realizada a partir de um teste com base no fototaxismo positivo deles.

Depois disso, eles têm que ser transportados em densidades adequadas para os tanques definitivos, colocados em sacos plásticos com água em temperatura que varie entre 18°C e 25°C. Os procedimentos finais são a lavagem preventiva e a desinfecção dos náuplios, a contagem e a transferência para os tanques de larvicultura.

Alimentação

É de extrema importância assegurar que a alimentação fornecida será de qualidade e em quantidades exigidas pelos náuplios. As larvas precisam ser alimentadas de 4 em 4 horas, independentemente da fase em que elas se encontrem. O manejo diário e o monitoramento dos tanques deve ser outra preocupação do criador, bem como a análise constante da saúde das larvas, checando-se o tanque ao menos duas vezes ao dia.

 


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Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura

Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Larvicultura de camarão marinho (do náuplio a pós-larva)/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). — 1. ed. Brasília: SENAR, 2016. 104 p. il.
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 15-10-2021

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