Por que investir na criação de peixes redondos?

O tambaqui, o pacu e o pirapitinga são as principais espécies redondas criadas no Brasil

Pacu - imagem ilustrativa

O professor do Curso CPT Criação de Pacu e Tambaqui, Manuel Vazquez Júnior, explica que a piscicultura no Brasil vem cada vez mais utilizando peixes nativos. Dentre estes, o pacu e o tambaqui, que são considerados peixes redondos, têm sido bastante cultivados, pois são peixes tradicionalmente consumidos pela população brasileira nos seus locais de origem.

Ainda acrescenta que são espécies altamente apreciadas por sua carne firme, de excelente sabor e por sua grande habilidade de ganho de peso, rusticidade e adaptabilidade a viveiros. Na criação de peixes redondos, o produtor pode atuar em duas fontes de trabalho: na produção de alevinos, na engorda ou em ambas a fases.

Nessa esteira, investir na criação de peixes redondos pode ser um bom negócio para quem decide se dedicar à piscicultura. Fique ligado nas informações importantes para a criação de peixes redondos:

Espécies e híbridos

Já mencionados, o Tambaqui e o Pacu são duas das principais espécies redondas, mas há também o pirapitinga e os híbridos:

- Tambaqui

Destaca-se como a principal espécie de peixe nativo cultivado em nosso país. Pode atingir até 30kg em ambientes naturais e apresenta bom desempenho para a alevinagem e crescimento acelerado.

- Pacu

Também nativo, o pacu pode atingir 20kg na natureza e é muito apreciado em pesque-pagues por apresentar fácil esportividade. Seu consumo se popularizou em todo o país, principalmente na região sudeste.

- Pirapitinga

Também se configura como uma boa espécie de peixe redondo para ser criada com finalidade comercial. Contudo, apresenta crescimento um pouco mais lento que o tambaqui. É utilizado em cruzamentos para a obtenção de híbridos.

- Híbridos

A partir do cruzamento de diferentes espécies, obtém-se os híbridos, como o tambacu, espécie híbrida mais comum no Brasil, obtida a partir do cruzamento de fêmeas do tambaqui e machos do pacu. O resultado do cruzamento de espécies diferentes é a obtenção de um peixe que reúne características benéficas das duas espécies: ainda utilizando o tambacu como exemplo, ele se destaca por ser mais tolerante a águas com temperaturas mais baixas do que o tambaqui e por crescer mais rápido que o pacu.

Há também outras espécies híbridas cultivadas, porém, em menor escala: o paqui, obtido com o cruzamento inverso do tambacu, e o tambatinga, fruto do cruzamento de fêmeas de tambaqui e machos do pirapitinga.

Reprodução dos peixes redondos

- Idade ideal

Os peixes da espécie pacu já se encontram ideais para a reprodução a partir do terceiro ou quarto ano de vida, enquanto o tambaqui e o pirapitinga, após o quarto ou quinto. Em condições naturais, a maturidade sexual pode ser atingida antes ou após esse período, variando de acordo com as condições do local onde os peixes vivem.

- Época de reprodução

De uma forma geral, o tambaqui e o pacu se reproduzem entre os meses de outubro a março, apresentando maior índice de desova um mês após o início de época de reprodução e um mês antes do final.

- Seleção dos reprodutores

Para a seleção dos machos utilizados na reprodução, deve-se realizar uma leve pressão no seu abdômen para que librem sêmen. Aqueles que liberarem sêmen com coloração branca e aspecto denso são os mais indicados. Já no caso das fêmeas, a seleção ocorre a partir da observação e toque do abdômen, preferindo aquelas que o possuam volumoso e com toque macio. Ainda, a papila genital avermelhada e entumescida também são características a serem levadas em conta.

 


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Criação de Pacu e Tambaqui
Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura

Fonte: Panorama da Aquicultura – panoramadaaquicultura.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 22-01-2021

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