O pirarucu é um peixe criado para produção de carne. São carnívoros e alimentam-se exclusivamente de peixes.
É um peixe de rápido crescimento e a carne possui ótimo sabor. O rendimento de filé fica em torno de 55% para peixes com peso comercial entre 15-20 kg, podendo alcançar até 65% para peixes de maior porte (acima de 60 kg). Preparado na forma similar ao bacalhau, essa espécie de origem brasileira tem também alto potencial mercadológico para exportação.
Na natureza, atinge o porte de 3 m e cerca de 200 kg.
É um animal bem rústico e de comportamentos atípicos, sendo que há relatos de que no período pré-desova algumas matrizes comem peixes mortos ofertados.
Pode ser alimentado com peixes forrageiros, e chegar a 6 kg em um ano, consorciado com tilápias. Esse modelo produtivo deve ser avaliado com critério, pois, em viveiros, a espécie exige grandes áreas (baixa produtividade) e o cultivo e fornecimento de peixes forrageiros gera muita mão de obra e dedicação de tempo no manejo alimentar, incorrendo em aumento significativo nos custos totais de produção.
O condicionamento ou treino alimentar em juvenis de pirarucu está bem definido e alcança ótimo resultado com índices de eficiência alcançando até 98%. Entretanto, deve-se manter o arraçoamento com ração de forma contínua, pois, se o lote em cativeiro for alimentado com peixes forrageiros, muitos podem não aceitar mais ração.
Os juvenis podem praticar canibalismo na fase de treinamento alimentar, se não forem tomadas as devidas precauções.
A densidade na fase de engorda em viveiros pode ser de até 15 peixes/100 m2, ao se projetar peso médio de abate ao redor de 20 kg.
Outra vantagem do cultivo do pirarucu, é a respiração branquial e aérea obrigatória, tolerando baixos teores de oxigênio. Essa característica associada a sua domesticação em cativeiro o torna apto para cultivo em sistemas mais intensivos, como tanque-rede e recirculação.
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Por Daniela Guimarães.