O consumo de peixe no Brasil está em alta

O consumo de peixes em nosso país nunca foi tão alto, mas ainda está abaixo do recomendado pela OMS

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Giovanni Resende, professor do Curso a Distância CPT Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura, é categórico ao afirmar que o peixe é a carne do futuro, devido à qualidade desse alimento e aos benefícios que proporciona à nossa saúde. Prova disso é que o consumo de peixe nunca foi tão alto em nosso país.

Com o aquecimento da produção e aumento na competitividade do peixe em relação a outras proteínas, o consumo aumentou e se tornou o maior dos últimos tempos em nosso país. De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura, o consumo de peixe por brasileiro ao ano é de 10kg, número expressivo, mas que representa metade do que a Organização Mundial da Saúde recomenda.

Com o crescimento da população interessa em comidas saudáveis, o peixe consegue se destacar, como dito, pela sua qualidade e por ser uma proteína que proporciona diversos benefícios à saúde, até mais do que muitas outras proteínas animais. Esse interesse, aliado à melhora no preço do produto, fez com que o consumo se tornasse o maior já registrado em nosso país.

Ainda que se tenha divulgado mais a proteína e que a cadeia produtiva tenha sido mais bem ordenada, fatores que também podem estar por detrás do aumento do consumo pelos brasileiros, é inevitável afirmar que o crescimento no consumo seja proveniente da característica saudável da carne.

Números da piscicultura no Brasil

Ainda de acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura, o estado que mais produz peixe em nosso país é o Paraná, chegando a produzir aproximadamente 93,6 mil toneladas. Rondônia e São Paulo sucedem ao Paraná no ranking, produzindo, respectivamente, 74,7 mil e 65,4 mil toneladas.

Na divisão por regiões, o Norte do país consegue produzir mais do que as outras, com quase 160 mil toneladas de peixe, índice que vem crescendo ao longo dos anos. O Sul, que possui apenas três estados, consegue figurar como segunda região que mais produz peixe, contando com 152,4 mil toneladas. Completando, temos o Centro-oeste, com 120,6 mil toneladas, o Nordeste com 104,6 mil toneladas e o Sudeste com 103,8 mil toneladas.

Nosso país, apesar de apresentar bons números na piscicultura, deveria ter mais potencial para produzir mais, o que poderia aumentar também o consumo. Tudo o que é produzido aqui não consegue atender a toda a demanda por peixe. Por ano, nosso país acaba importando aproximadamente US$1,3 milhões em peixes, que vêm, principalmente, do Chile, Argentina e China. As espécies mais importadas são salmão, panga Vietnã, merluza e polaka do Alasca.

Afirma-se que as dificuldades enfrentadas para a produção de mais peixes estão relacionadas a políticas governamentais. A licença ambiental, por exemplo, é complicada e varia de estado para estado. Além do estado, o governo federal, especialmente a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, em Brasília, também apresenta empecilhos para o aumento da produção de peixes, dado que há muitos pedidos de cessão de águas da União para uso na piscicultura que tramitam há mais de 10 anos.

Em nosso país, os peixes mais consumidos são tilápia, salmão, camarão, polaka e cação. Datas comemorativas são importantes para o comércio de pescado, dado que se estima que a páscoa representa 30% de tudo o que é vendido no ano, ao passo que o natal representa 15%. Além da característica saudável dos peixes, a riqueza de sabores e variedades também costuma conquistar o interesse de consumidores.

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Fonte: Canal Rural  - canalrural.uol.com.br
por Renato Rodrigues