Iniciando a criação de rãs

A criação de rãs passa por várias etapas e o ranário deve ser construído para favorecer todas elas

Rã

Nosso país ocupa posição de destaque no ranking mundial de criação de rãs: o segundo lugar, perdendo apenas para o Taiwan. Porém, apesar desse posto privilegiado, a produção brasileira é considerada pequena. O IBGE aponta que são produzidas 160 toneladas de rã ao ano no nosso país, o que ainda é bastante discutível devido à imprecisão dos dados.

Samuel Lopes, professor do Curso a Distância CPT Criação de Rãs – Novas Tecnologias, explica que nos últimos anos, foram desenvolvidas novas tecnologias para a criação de rãs, surgindo um novo momento positivo para a ranicultura, inclusive com o aparecimento de novos criadores e reaquecimento do mercado.

No Brasil a criação é feita de forma confinada, enquanto em outros países a criação é feita de forma semi-intensiva. O local onde as rãs são criadas chama-se ranário e deve ser construído para atender a todas as necessidades desses anfíbios.

Confira algumas informações gerais importantes para quem deseja iniciar uma criação de rãs:

Início

Em primeiro lugar, deve-se buscar orientação com outros ranicultores sobre a criação, inclusive é recomendado visitar alguns criadores. Esses anfíbios precisam de água de qualidade, pois passam a maior parte do tempo nela.

Ambiente

Como mencionado, o local onde as rãs são criadas chama-se ranário. Ele precisa ser bem arejado e deve ser sempre higienizado. Sujidades em excesso acabam provocando gases, que podem matar as rãs. É possível lidar com apenas uma fase da vida do animal ou com todas, sendo necessário dividir o ranário para cada uma, caso a escolha por etapas seja feita.

Estrutura

Durante a fase aquática, as rãs precisam de um tanque com leve declive no fundo, onde os girinos se desenvolverão. Posteriormente, na fase terrestre, será necessário construir baias para realizar a recria e galpões fechados, estufas agrícolas ou telas de náilon para a engorda. Um ranário médio ocupa, aproximadamente, 500m², subdividido em setores para a reprodução, desenvolvimento embrionário, girinagem, metamorfose e engorda.

Alimentação

Girinos começam a se alimentar 10 dias após o nascimento e pode-se oferecer ração farelada própria para rãs, com composição de 35% a 40% de proteína bruta. É importante, no início, fornecer aos animais o equivalente a 13% do peso vivo, quatro vezes ao dia. No estágio seguinte, as rãs se alimentam de ração peletizada ou extrusada, com a mesma quantidade de proteína bruta mencionada anteriormente. Também pode-se acrescentar 20% de outros elementos, como larvas de moscas, pois são animais carnívoros e gostam de se alimentar do que parece estar vivo.

Reprodução

Após a postura dos ovos, deve-se recolhê-los com baldes ou puçá, em intervalo de duas a quatro horas, levando-os para a embriologia, evitando o choque térmico. No geral, cerca de 20% dos girinos, que aparecem em até 10 dias, não sobrevivem até a metamorfose, fase em que ainda há perda de aproximadamente 30%. Após a metamorfose, cerca de quatro meses depois, se tornam rãs jovens.

 


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Fonte: Cláudia Maris Ferreira para Globo Rural – revistagloborural.globo.com
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 18-06-2019

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