Informações importantes para a criação de rãs

As rãs são animais muito adaptáveis e não demandam grandes investimentos para o desenvolvimento da sua criação

Rãs - imagem ilustrativa

Apesar de ter se difundido em nosso país somente a partir de meados da década de 90, dados recentes demonstram que o Brasil é o segundo maior criador de rãs de todo o mundo e que esse ramo da aquicultura está em contínua expansão no território brasileiro. Além da carne, as rãs oferecem outros produtos que tornam a atividade lucrativa para os ranicultores.

Samuel Lopes, professor do Curso CPT Criação de Rãs – Novas Tecnologias, destaca que nos últimos anos, foram desenvolvidas novas tecnologias para a criação de rãs, surgindo um novo momento positivo para a ranicultura, inclusive com o aparecimento de novos criadores e reaquecimento do mercado.

Nesse sentido, ranicultores devem possuir conhecimento técnico para que consigam conduzir com sucesso a sua criação de rãs. A seguir, apresentamos algumas informações importantes para a criação desses anfíbios:

Iniciando a criação

É muito comum que, antes de ingressar na ranicultura, criadores se façam a seguinte pergunta: será que uma criação de rãs dá dinheiro? A resposta é sim. Isso se justifica pelo fato de que as rãs são animais adaptáveis a climas quentes e úmidos e conseguem se multiplicar facilmente. Soma-se a isso a dispensa de muitos equipamentos e processos de manejo para desenvolver a criação.

Local para o ranário

A principal exigência das rãs para serem criadas, seja qual for o objetivo, é água limpa de boa qualidade. Logo, o melhor local para criá-las é aquele que possua esse recurso. Basta montar os criadouros, que podem ser tanques simples de piscicultura, e cuidar para que se mantenha as condições ideais de criação.

Fases da vida de uma rã

Logo após o nascimento, a primeira fase da vida das rãs aproximadamente três meses, quando ainda são girinos e vivem exclusivamente na água. Posteriormente, ao atingirem a forma adulta, já se tornam adaptáveis à terra. Quando a criação é conduzida com finalidade comercial, pouco mais de quatro meses já costuma ser suficiente quando o destino é o abate, pois é esse tempo que levam para atingirem entre 200 e 250 gramas. O tempo não é preciso e pode variar de criação para criação, uma vez que, quanto mais ideais forem as condições de criação, mais precoces podem ser os anfíbios.

Espécies para a ranicultura

Há várias espécies de rãs cultivadas em todo o mundo e que proporcionam bons resultados para os ranicultores. No Brasil, entretanto, a rã-touro – raça Rana Catesbeiana – é a mais criada com objetivos comerciais por se adaptar às condições climáticas do nosso país e por ser precoce, rústica e rápida na reprodução.

Estrutura

O ranário pode ser uma estrutura simples e não depende de muitos equipamentos ou grandes construções para o desenvolvimento da criação. Na primeira fase, quando ainda são girinos, as rãs necessitam de um leve declive no fundo dos tanques para crescerem corretamente e, na fase terrestre, demandam baias de crescimento e outras estruturas básicas. O terreno de criação tem que ser dividido em setores de reprodução, desenvolvimento, girinagem, metamorfose e engorda.

Produtos da ranicultura

Muita gente acredita que as rãs são criadas apenas para a comercialização de sua carne. De fato, esse é o destino da maior parte dos animais criados, dado que essa carne apresenta alto valor nutritivo, é saborosa e leve. Todavia, a pele também pode ser comercializada tanto para a indústria quanto para a medicina.

Então, é vantajoso investir na atividade?

Depois de tudo o que foi lido, fica claro que a ranicultura é uma boa opção para investimento. Além de apresentar maior facilidade (quando comparada com a criação de outros animais e até de peixes) e menos custos para implementação, o mercado também está aquecido e se transformou em uma boa opção de negócio, com retorno rápido.

 


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Fonte: Blog Sansuy – blog.sansuy.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 03-05-2021

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