Como iniciar uma criação comercial de peixes

A criação de peixes com finalidade comercial encontra em nosso país um cenário favorável e promissor

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O professor do Curso CPT Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura, destaca que a piscicultura é uma atividade em franca expansão, produzindo mais de 750 mil toneladas de peixe ao ano e colocando o Brasil em posição de destaque no cenário mundial da produção de peixes.

Isso se deve ao fato de que as pessoas têm percebido, cada vez mais, a qualidade deste alimento e seus benefícios para a saúde. O mercado para a atividade também é robusto internamente e externamente, o que coloca a criação de peixes com finalidade comercial como sendo, definitivamente, uma ótima opção para investimento.

Como visto, geralmente, as criações comerciais de peixes não encontram dificuldade para obter sucesso, mas os criadores precisam ter em mente alguns aspectos que possuem papel decisivo no futuro da criação. Primeiramente, deve-se analisar minuciosamente o mercado consumidor, pois uma criação de peixes de qualidade, adaptados às condições da região, com ótimo aproveitamento alimentar e crescimento rápido não dará lucro se não possuir demanda no mercado.

Seguindo de acordo com as exigências do mercado consumidor, é necessário entender quais são os reais desejos dos consumidores, pois os peixes podem ser vendidos frescos, refrigerados, congelados, defumados, salgados, enlatados ou processados, cabendo ao criador entregá-lo na forma ideal.

Além desse ponto importante, é vital avaliar também os custos e os benefícios que a criação trará ao criador. Há várias espécies que são consideradas de fácil criação, mas que não são tão rentáveis. Ainda, não se pode ignorar a concorrência, que, direta ou indiretamente, também afetará o seu negócio.

O ambiente para a criação

Há várias espécies de peixes que se dividem em peixes de água quente e peixes de água fria. O peixe é um animal pecilotérmico, isto é, a temperatura do seu corpo varia de acordo com o ambiente em que ele está. Logo, cada espécie possui um limite de temperatura – mínima e máxima – para que seja criada em segurança, não admitindo, em muitos casos, mudanças bruscas de temperatura. Também é importante dar atenção ao nível de oxigênio presente na água onde os peixes serão criados.

Rusticidade dos peixes

Na hora de definir a espécie a ser criada, é benéfico avaliar o nível de rusticidade dela, pois rusticidade significa a capacidade de resistência que os peixes possuem nas fases de crescimento. Além disso, peixes mais “rústicos” são mais resistentes também ao manejo, doenças e mudanças de temperaturas, por exemplo. Destacam-se a carpa, a tilápia e o tambaqui como peixes rústicos.

Reprodução

A reprodução é uma etapa importante para criações de peixes, pois ela é a responsável por aumentar o número de animais nos tanques. Há dois tipos de peixes, no que se refere à reprodução: aqueles que conseguem se reproduzir em cativeiro e os que se reproduzem na piracema. Os primeiros são os mais indicados para criação, pois produzem ovos e alevinos em grande quantidade e requerem um manejo reprodutivo mais simplificado. Já os peixes da piracema, demandam manejo reprodutivo com uso de técnicas mais específicas e, consequentemente, mais dispendiosas.

Precocidade

Dizer que um peixe é precoce significa que ele atinge o peso e o comprimento necessário para a comercialização de forma rápida. Isso também significa lucros mais rápidos, principalmente quando aliado a uma alimentação eficiente e com menor custo.

Superpovoamento

Nos tanques, há sempre uma quantidade máxima de peixes para que não haja superpovoamento. Quando há mais peixes do que o indicado, há o risco de aparecimento de doenças, menor desenvolvimento deles e também o canibalismo, o que produz prejuízos ao criador.

Conheça os Cursos CPT da Área Criação de Peixes:

Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura
Produção de Alevinos
Cultivo de Peixes em Sistemas de Recirculação de Água – RAS

Fonte: Rural News – ruralnews.com.br
por Renato Rodrigues