Como deve ser o transporte de peixes para comercialização

Alguns estados têm preferência por peixes frescos, enquanto outros consomem mais peixes congelados

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Como é possível perceber, a piscicultura só cresce em nosso país e atinge níveis econômicos cada vez maiores. Prova disso é que o consumo de peixes nunca foi tão grande em nosso país e, além do consumo, a criação de peixes com a finalidade de ornamentação também aumentou nos últimos anos.

As professoras do Curso a Distância CPT Técnicas de Processamento de Peixes, Elisabete Viegas e Maria Luiza Rodrigues, ressaltam que o peixe é uma carne saborosa e que, para que seja comercializada adequadamente, é preciso pensar, além do manejo, no transporte até os mercados consumidores.

A distribuição de peixes produzidos é um processo complicado, mas que precisa ser dinâmico, dado que os produtos transportados precisam estar frescos ou congelados. Por conta disso, a rapidez é fundamental para garantir a qualidade do produto que chega ao consumidor. Para atender o mercado interno, é possível utilizar o caminhão; para o externo, o avião.

A produção de peixes no país apresentou um índice de crescimento maior do que 10% em 2018, em relação ao ano anterior na produção de tilápias e 2% de peixes nativos, o que eleva o Brasil a mais de 720 mil toneladas de peixes produzidos no ano, contra 691 mil toneladas em 2017.

A partir dessas informações, fica fácil perceber que o peixe mais produzido aqui é a tilápia, que domina mais de 50% de toda a produção nacional. Peixes nativos, como o tambaqui, representam mais de 40% e carpas e trutas, aproximadamente 4%.

Os estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia são os que mais produzem a tilápia, sendo responsáveis, juntos, por mais de 64% de toda a produção de tilápia no Brasil. Esse peixe tem posição de destaque por possuir alta viabilidade produtiva e econômica. Além disso, exportamos tilápia para Estados Unidos e Canadá.

O transporte

Tambaqui

É comercializado, geralmente, fresco. Após retirá-lo da água, o peixe recebe um choque térmico e é armazenado em caminhões em caixas com gelo, para que possa ser transportado até os frigoríficos.

A partir dessas condições, o peixe passa a ter “vida” longa, durando de 12 a 14 dias, prazo que pode ser estendido de acordo com as práticas utilizadas para o armazenamento.

Os dois estados que mais produzem tambaqui no Brasil são Rondônia e Mato Grosso, com mais de 130 mil toneladas produzidas e abastecimento a vários outros estados. Para ser transportado, é preciso orientar o transportador para que o peixe seja acondicionado corretamente.

Tilápia

A forma de transporte da tilápia varia de acordo com quem a compra: pode ser transportada fresca ou congelada. Ao passo que o Nordeste, um dos maiores consumidores desse peixe, prefere a tilápia congelada, as regiões Sul e Centro-oeste preferem os filés, sejam frescos ou congelados.

São Paulo, líder no consumo de tilápia, prefere o filé fresco. Por conta disso, é preciso que a logística de distribuição até o estado seja ágil. O produto costuma demorar de 3 a 4 dias para chegar aos mercados desse estado.

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Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura
Técnicas de Processamento de Peixes
Produção de Alevinos

Fonte: Canal Rural  - canalrural.uol.com.br
por Renato Rodrigues