Como alimentar rãs?

As rãs possuem hábito alimentar carnívoro e são consideradas oportunistas

Rã - imagem ilustrativa

Samuel Lopes, professor do Curso CPT Criação de Rãs – Novas Tecnologias, destaca que a ranicultura passa por um momento extremamente positivo, com o reaquecimento do mercado e com o aumento da demanda, exigindo dos criadores conhecimento para garantir a qualidade da sua criação e a competitividade.

Assim como em qualquer outra criação, a alimentação desempenha papel fundamental para o desenvolvimento dos animais, constituindo-se como uma etapa do manejo decisiva para os lucros da criação. As rãs podem atingir 30cm de altura e podem pesar até 3kg, características que influenciam diretamente na sua alimentação.

A quantidade de alimentos que elas precisam consumir varia de acordo com tamanho, peso e metabolismo, pois esses anfíbios o possuem muito acelerado e, por consequência, necessitam de uma grande quantidade de alimentos.

Na natureza, as rãs se alimentam de mosquitos, moscas, besouros, joaninhas, escaravelhos, vagalumes, baratas e até vespas, abelhas e formigas. Podem se alimentar de girinos, sapos pequenos, peixes, ovos ou, ainda, de outras rãs, dependendo do seu tamanho.

Criadas em cativeiro, recomenda-se que sejam alimentadas diariamente, inclusive duas ou três vezes por dia, uma em cada período do dia – manhã, tarde e noite.

Rãs jovens

Ao final da fase de metamorfose, quando as rãs deixam de ser girinos, seu hábito alimentar, que era herbívoro, à base de plancto, passa a ser carnívoro, ingerindo alimentos vivos, como insetos, vermes e peixes. Ainda, por conta da genética, a rã pode ter dificuldade em ingerir alimentos secos.

A alimentação das rãs

É possível classificá-las também como “oportunistas”, em relação à alimentação. Isso porque elas permanecem quietas e silenciosas, aguardando a melhor oportunidade para atacar seu alimento. Algumas espécies possuem veneno na pele ou nos órgãos internos, utilizado para manter afastados predadores e espécies que ofereçam risco a elas.

Na criação em cativeiro, principalmente visando a comercialização, o mais indicado é que se forneça ração para rãs, composta por bastante proteína e em quantidade que não supere 12% do peso dos girinos. O fornecimento de ração deve ser complementado com a oferta de animais vivos.

A observação é imprescindível para a correta alimentação em cativeiro. Muitos ranicultores acabam descobrindo qual a necessidade diária de alimento para suas rãs por meio de monitoramento e de experimentos. Pode-se oferecer pequenas quantidades de alimento e observar o apetite delas por mais 24 horas, identificando-se, assim, a quantidade ideal.

Rãs se desenvolvem bem até os 7 ou 8 meses de idade e apresentam conversão alimentar 2:1, isto é, para cada 2kg de alimentos que ingerem, produzem 1kg de carne. Após 8 meses de idade, o desempenho costuma diminuir. Por conta disso, criações com finalidade comercial devem comercializá-las ao atingirem essa idade.

Girinos

Os girinos, como já mencionado, possuem hábito alimentar herbívoro, ou seja, se alimentam de detritos, algas e fanerógamas perifíton. Esse tipo de alimento é, geralmente, encontrado na água onde crescem, de forma natural.

Contudo, na criação em cativeiro, o criador tem a opção de substitui-lo por comida de peixe, alimentos sólidos e moídos, como larvas vermelhas, de mosquitos e minhocas. Alguns legumes também podem ser fornecidos, o que ajuda a evitar a indigestão.

 


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Fontes: Oquecomem – quecomem.com
Mundo Ecologia – mundoecologia.com.br
Rural News – ruralnews.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 17-08-2020

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