Balanço da piscicultura no Brasil

Tilápia se mantém como a principal espécie para a atividade; produção segue em crescimento

Peixes - imagem ilustrativa

A cada ano que se passa, a piscicultura se consolida como uma atividade que contribui para o crescimento econômico do nosso país, privilegiado com condições climáticas que favorecem a expansão sólida e crescente da atividade. Soma-se a isso o fato de que o peixe já se tornou um alimento popular e admirado por boa parte da população.

Giovanni Resende, professor do Curso CPT Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura, destaca os benefícios da carne de peixe, nutritiva e aliada a dietas saudáveis, além de ser importante fonte de proteínas e possuir sabor único.

No ano passado, a atividade conseguiu manter o ritmo crescente e atingiu quase 5% de crescimento em relação ao ano anterior, de acordo com anuário da Peixe BR – Associação Brasileira da Piscicultura. Destaca-se que a produção nacional atingiu mais de 758 mil toneladas.

Números da produção piscicultora em 2019

De acordo com o anuário produzido pela associação, a tilápia segue sendo a espécie mais importante para a piscicultura brasileira, reafirmando o Brasil como o 4º maior produtor mundial dessa espécie e dominando 57% de toda a produção nacional, seguida pelos peixes nativos, que representam 38%. Os outros 5% são de outras espécies.

Foram produzidas mais de 432 mil toneladas de tilápia, sendo o Paraná o estado com maior volume de produção, responsável por mais de 146 mil toneladas; seguido por São Paulo, com quase 65 mil; Santa Catarina com mais de 38 mil; Minas Gerais com mais de 36 mil; e Pernambuco, dono de mais de 25 mil toneladas de tilápia.

A produção de peixes nativos, que também representa importante parcela para a atividade nacional, ainda encontra algumas limitações que impedem o seu crescimento, como problemas sanitários e estruturais, além de dificuldades para obtenção de licenciamento ambiental. Contudo, ainda que de forma tímida, a produção foi maior que a do ano anterior, atingindo quase 288 mil toneladas produzidas. Nos anos anteriores, como informa o anuário, a produção registrava queda.

Mais ao norte do país, temos Rondônia, Mato Grosso, Maranhão, Pará e Amazonas como os estados que mais produziram espécies nativas, nessa ordem. Rondônia dominou quase 69 mil toneladas de peixes nativos, que têm o Tambaqui como a principal espécie.

As outras espécies de peixes de cultivo – lideradas por Carpas, Truta e Panga – representaram uma grata surpresa no desempenho da Piscicultura brasileira em 2019, como mostra o levantamento feito pela Peixe BR.

A oferta dessas espécies, embora ainda pequena, saltou 8,72%, saindo de 34.370 t para 37.927 t. Com isso, a participação no total da produção teve um aumento de 4,6% para 5%. Entre os motivos desse aumento, destaca-se a presença do Panga em estados das regiões Sudeste (principalmente em São Paulo) e Nordeste, além do aumento das Carpas e Trutas na região Sul.

Importações e exportações

O Brasil registrou queda de 8,6% na importação e aumento de 26% na exportação de pescado. Além da Tilápia espécie mais exportada e que, como dito, nos coloca em 4º lugar no ranking mundial de produção, temos os curimatás, bagres, tambaquis e surubins como importantes para os números de exportação obtidos no ano passado.

Já nas importações, o salmão é a principal espécie importada, representando quase 50% do total. Logo depois, temos o bacalhau, a merluza e a sardinha. Em termos de categoria de pescado importados pelo Brasil em 2019, os peixes inteiros (frescos e congelados) são os mais importantes, respondendo por 59% do total importado em dólares.

 


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Fonte: Anuário Peixe BR Da Piscicultura 2020 – Disponível em: peixebr.com.br
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 01-06-2020

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