Aprendendo a realizar o envio de peixes para análises laboratoriais

A correta preparação dos peixes para serem enviados a laboratórios garante um diagnóstico preciso e confiável

Peixe - imagem ilustrativa

O professor do Curso CPT Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura, Giovanni Resende de Oliveira, destaca que as os exames laboratoriais são de grande importância na criação de peixes, pois eles auxiliam na correta avaliação dos animais criados e na detecção de doenças, por exemplo, além de produzir resultados confiáveis.

Em relação à sanidade da criação, as análises feitas em laboratórios ajudam a evitar a mortalidade dos peixes e a queda no desempenho produtivo e reprodutivo deles, pois esses fatores podem trazer grandes prejuízos aos piscicultores. Entretanto, para que essa averiguação laboratorial seja precisa e confiável, os peixes devem passar por um processo de envio cuidadoso e correto.

A seguir, aprenda como enviar corretamente os peixes para análises laboratoriais:

Peixes vivos

O envio de peixes vivos é feito quando se deseja verificar a ocorrência de doenças bacterianas, virais, fúngicas ou parasitárias. Em se tratando de alevinos ou juvenis, o transporte é ainda mais facilitado, pois eles podem ser enviados em embalagens plásticas simples, com água e oxigênio. Então como realizar o envio?

- Materiais

Os materiais necessários devem ser reunidos: saco plástico de polietileno, liga de borracha, cilindro de oxigênio, fluxômetro, gelo reciclável, caixa isotérmica e fita adesiva.

- Coleta

O segundo passo consiste na coleta dos peixes que aparentem estar doentes.

- Saco plástico

Depois, os sacos devem ser enchidos com 1/3 de água – de preferência aquela na qual eles são criados – e os peixes devem ser depositados neles.

- Oxigênio

O restante do volume do saco deve ser ocupado com oxigênio. Com um fluxômetro acoplado ao cilintro, complete o saco plástico e vede com lidas de borracha para que o oxigênio não escape.

- Caixas isotérmicas

Depois de enchidos, os sacos plásticos, contendo todos os dados relacionados ao piscicultor, à espécie e ao estado do peixe devem ser colocados na caixa isotérmica. Adiciona-se gelo e, ao final, lacra-se com fita adesiva. Ainda, a caixa deve ser identificada com dados do produto e enviada ao laboratório tão cedo quanto possível.

Peixes resfriados

Nesse caso, também é possível analisar os animais em busca de identificar doenças bacterianas, virais e fúngicas, mas o estado em que os peixes são enviados é diferente e a preparação é mais simples:

- Materiais

Saco plástico de polietileno, gelo picado ou gelo reciclável, caixa isotérmica, fita adesiva, faca e luvas de látex.

- Coleta

Os peixes doentes devem ser coletados e, diferentemente do método anterior, devem sofrer a eutanásia, passando pela insensibilização e pela sangria.

- Sacos plásticos

Depois de morto, o peixe deve ser colocado em um saco plástico individual e também é necessário realizar a identificação nessa “embalagem” que, depois disso, deve ser lacrada com a fita adesiva.

- Caixa isotérmica

Os sacos contendo os peixes devem ser acondicionados na caixa isotérmica sobre uma camada de gelo de aproximadamente 10 cm. Por cima, tem que ser colocada mais uma camada de gelo, com aproximadamente 15 cm. Ao final, a caixa também deve ser lacrada com fita adesiva e está pronta para o envio ao laboratório.

 


Conheça os Cursos CPT da Área Criação de Peixes:

Criação de Peixes – Como Implantar uma Piscicultura
Nutrição e Alimentação de Peixes
Produção de Alevinos

Fonte: RURAL, Serviço Nacional de Aprendizagem. Piscicultura: manejo sanitário. / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: SENAR, 2017. 107 p.; il. – (Coleção SENAR)
por Renato Rodrigues

Renato Rodrigues 28-04-2021

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